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Análise: Atlético-MG exibe "nova cara", responde bem na estreia, mas precisa de desempenho impecável para garantir vaga.

  • lfavareton7
  • 30 de jan.
  • 3 min de leitura

Cuca muda o ataque, testa Júnior Santos e mostra time competitivo no primeiro teste


A estreia do time principal do Atlético-MG trouxe uma nova formação ao torcedor. Dos amistosos da pré-temporada para o Mineiro, Cuca fez mudanças. Não só de peças, mas de identidade do time. Tudo isso em um clássico diante do América-MG, na quarta-feira, pela quarta rodada do Estadual.


Precisou lidar com um cenário negativo: saiu atrás, reagiu e saiu com o quarto empate no Campeonato. E precisará ser perfeito para estar nas semifinais.



Após os testes na pré-temporada, Cuca fez avaliações e resolveu mexer na escalação. Surpreendeu. Na linha defensiva, Natanael agradou nos trabalhos e ganhou a posição de titular pela direita. Saravia foi para o banco.


No meio, Alan Franco apareceu como primeiro volante. Quem ganhou espaço mais adiante foi Gabriel Menino. Após ser testado em várias posições, ele iniciou como segundo volante, mesmo setor que atuou durante o segundo tempo diante do Orlando City.


No ataque, as trocas passaram por nomes e também no posicionamento. O trio ofensivo deu lugar à dupla formada por Hulk e Júnior Santos. Ambos com liberdade para se movimentar, cair pelos lados (variavam pela direita, pela esquerda). Rubens e Scarpa atuaram mais por dentro, fazendo uma dobradinha com quem aparecia nos corredores.


O Atlético controlou boa parte do primeiro tempo. Teve a posse, agressividade na marcação e esteve bem ajustado para controlar o contra-ataque adversário. Os melhores momentos foram quando o Alvinegro conseguiu recuperações no campo de ataque. Contudo, faltou melhor sincronia nas movimentações e passes.


A melhor oportunidade saiu dos pés de Gabriel Menino. Após cruzamento de Natanael, a bola sobrou na entrada da área. O volante - com liberdade para pisar na área -, finalizou forte e exigiu uma boa defesa do goleiro do Coelho. Depois, foi a vez de Scarpa colocar Jori para trabalhar.


No melhor momento do Atlético, quando executava bem os ataques, o América saiu na frente. Em saída de bola errada, Fabinho recebeu na entrada da área, finalizou de primeira e acertou o canto de Everson: 1 a 0.


Após o gol, o Galo não manteve a mesma intensidade. O América equilibrou as ações e protegeu melhor a área defensiva, sem dar tantos espaços.


O Atlético voltou sem alterações para o segundo tempo. Mas o jogo inverteu. O América conseguia ser mais combativo, ganhar as divididas e neutralizar o Galo (ainda sem estar na melhor forma física). Somado a isso, tinha espaço para atacar e incomodar o goleiro Everson.


O cansaço veio acompanhado da impaciência da torcida. Cuca percebeu. Não demorou para optar por Bernard, Palacios e Deyverson na partida. Júnior Santos, Rubens e Scarpa saíram. Melhorou.



Os atletas mais frescos deram maior ritmo ao ataque. Na base da imposição, o Galo conseguiu ficar mais presente na área do Coelho. Testaram Jori, mas ainda faltava capricho e sincronia nos movimentos.


Pela esquerda, Bernard deu mais variedade de jogadas e ritmo ao Alvinegro. O meia chegou a marcar, mas o VAR anulou após ver um toque de mão.

O jogo ficou aberto na reta final. O Atlético seguiu no ataque e com boas finalizações de fora da área. O América respondia no contra-ataque castigando a trave de Everson.


Na base da pressão, o Galo deu a resposta esperada e conseguiu o empate. Lyanco recebeu na área, após cobrança de escanteio. Ele dominou e deu um chute cruzado com a perna direita. Jori espalmou, e Bernard - agora valendo - só teve o trabalho de completar para as redes.


O gol deu energia ao time. Guiados por Palácios, Bernard e Deyverson, teve volume para virar. Mas viu Hulk parar em Jori ou em chutes para fora.


Cuca pensou e executou um Atlético diferente do que foi visto nos amistosos. E agradou.


Para o primeiro teste, deixa um sinal positivo. Mas os seguidos empates no Mineiro - aliado ao planejamento inicial - faz a reta final da primeira fase ser delicada. E o Galo terá que ser perfeito para estar na semifinal.

 
 
 

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